E no contexto
de conferências mundiais discutindo as condições ambientais, aumenta o número
da frota nogueirense. A cidade de 50 mil habitantes que é responsável por 1,5%
dos mais de 2 milhões de carros da Região Metropolitana de Campinas registrou
5,6% a mais de carros em 2015. Um número ainda maior foi levantado em 2014:
6,7% mais carros em Artur Nogueira. A população reclama que a sinalização de
trânsito está deficiente. Mas parece que há mais questões a serem levadas em
conta.
A primeira
delas é o próprio transporte público. Sendo apontado como a principal
alternativa ao veículo particular, as vantagens são a diminuição da poluição,
corte de despesas com combustível e manutenção em contrapartida ao
inconveniente de ter de dividir o espaço com muitas outras pessoas e depender
de horários estabelecidos. Quando, porém, o serviço não é oferecido com eficiência
e qualidade, atendendo às necessidades da população, aparece mais como uma
justificativa para adquirir o carro próprio. Quem depende do serviço de
transporte público de Artur Nogueira olha com inveja para os novos
proprietários.
Ao contrário,
por outro lado, dos demais motoristas, que vivenciam a dificuldade das vias
comportarem mais veículos a cada ano. Sinalização confusa e insuficiente torna
necessária a ampla participação e organização do fluxo por guardas municipais. Quanto
à questão ambiental, verdade seja dita que cada carro a mais na rua representa
mais poluentes no ar que respiramos.
No entanto,
enquanto a discussão se resumir a apresentar vantagens e desvantagens, o fato
continuará sendo fato. O que realmente impacta a cidade é o que se fará com o
fato. Alternativas sustentáveis ao oferecer um serviço eficiente de transporte
público? Melhores condições de sinalização e organização no trânsito?
Distribuição de filtros e materiais de conscientização sobre poluição? Enquanto
as perguntas sobre responsabilidade alheia ecoam, cabe a cada motorista a
consciência e participação nesse processo.
E eu com isso?
Reviewed by Aline ;)
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07:21
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